Estações de esgoto começam a ser construídas

Oitava maior economia do país precisa de verba federal

por BRUNO CARVALHO

Recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram destinados para a construção de três estações na cidade e uma em São Paulo. Os investimentos são de R$ 318 milhões, divididos entre Guarulhos e o Governo Federal.

O Saae se defende – diz que está se programando desde janeiro de 2008, e que até agora foram feitos 145,65 quilômetros de redes coletoras além de 16,74 quilômetros de coletores-tronco, linhas de recalque e interceptores.

Estações de tratamento em construção:


ETE São João (Saae)


195 mil moradores

tratamento de 15% dos esgotos coletados








ETE São Miguel (Sistema Metropolitano)


260 mil moradores

tratamento de 20% dos esgotos coletados


ETE Várzea do Palácio (Saae)

195 mil moradores
tratamento de 15% dos esgotos coletados



ETE Bonsucesso (Saae)

260 mil moradores
tratamento de 20% dos esgotos coletados








ETE Cabuçu e ETE Fortaleza (Saae)


39 mil moradores
tratamento de 3% dos esgotos coletados
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Relação do Saae Guarulhos com a Sabesp

Para promotor, tratamento de esgoto é problema de saúde pública
por BRUNO CARVALHO

Em 2009, a Sabesp cobrava em média R$ 9,8 milhões por cerca de 8,6 milhões de metros cúbicos de água por mês. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos só repassava R$ 5,8 milhões –um mensal déficit de R$ 4 milhões, aproximadamente R$ 48 milhões por ano.

De volta ao problema ambiental, segundo o engenheiro Luiz Alberto Neves Alario responsável pelo Projeto Tietê, “a Estação [de tratamento] Parque Novo Mundo tem uma capacidade instalada para receber e coletar o esgoto do Município de Guarulhos”. O coletor-tronco ficaria na cabeceira do Cabuçu de Cima.

Já a assessoria de imprensa do serviço de água e esgoto informa: “O Saae desconhece tubulação de esgoto pertencente à Sabesp; se tem, é na margem de São Paulo.”

A turbulência entre a autarquia municipal e a estadual não para por aí. Segundo o acordo do MP, 20% dos dejetos da cidade deveriam ser tratados pela Sabesp, mas não há acordo entre as partes. Há indícios de briga política entre o governo municipal e o estadual, situação que foi confirmada nas entrevistas com o engenheiro Luiz Alberto Neves Alario e com o promotor Ricardo Manuel Castro. Os dois deixaram vazar o desacordo entre as partes. Vale lembrar que o prefeito Sebastião Almeida é do Partido dos Trabalhadores e o governo do Estado é do PSDB.

O Ministério Público fez uma investigação para avaliar o problema da poluição dos rios. Quando indagou o governo estadual, houve uma tentativa de negar o recebimento dos detritos de Guarulhos por causa da dívida do Saae com a Sabesp. Para promotor Manuel Castro, que acompanhou as investigações, uma coisa não pode atrapalhar a outra, porque o tratamento de esgoto não é uma questão meramente política, “é um problema de saúde pública”, diz.
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Acordo promovido pelo MP dá prazo de mais 7 anos para Guarulhos

Promotor acredita no cumprimento das metas
Por BRUNO CARVALHO

Para o promotor Ricardo Manuel Castro, responsável pelo acordo que fez a Prefeitura de Guarulhos e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) se comprometerem a tratar 80% dos dejetos até 2017, “o fato de Guarulhos não tratar o seu esgoto é responsável por apenas 4% da poluição do Rio Tietê, o que no contexto de 100% não é tão significante”.

O prazo da homologação judicial vence em 31 de dezembro de 2017. No combinado não há metas, portanto as obras podem demorar até a data final de entrega, e, desde que não ultrapasse o vencimento, não haverá nenhuma punição.

Não foram estipuladas multas no caso do não cumprimento do acordo. Se este for respeitado, as cobranças das contas de água e esgoto serão reduzidas. O MP não entrou na questão da cobrança da taxa de esgoto, a qual os moradores têm de pagar, mesmo nos domicílios em que a coleta não é realizada. Essa ação protocolou apenas as questões ambientais.
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Tietê serve de fossa para Guarulhos

Desentendimento político deixa detritos de 1,2 milhão de habitantes parar no rio

por BRUNO CARVALHO

Guarulhos tem a oitava maior economia do Brasil e a segunda do Estado de São Paulo. Mas a preocupação com o meio ambiente ficou de lado durante décadas e a cidade se tornou uma das maiores poluidoras do Rio Tietê, onde nenhuma gota de esgoto é tratada. Por detrás desse problema estão brigas políticas entre a prefeitura
e o Governo do Estado, investigações do Ministério Público, dívida do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Guarulhos com a Sabesp, entre outras questões.

No ranking de saneamento, elaborado pelo Instituto Trata Brasil, a cidade caiu cinco posições e está na 56ª posição, entre os 81 maiores municípios do país. Diariamente, 184.576.000 litros de resíduos vão parar no Rio Tietê, e 25% dos dejetos sequer é coletado.

Os detritos do município são jogados direto em córregos e rios afluentes. O Rio Cabuçu de Cima, que é o principal afluente do Tietê em Guarulhos, serve de lixão nas proximidades do viaduto da Vila Nilo. No local, que tem ao lado uma favela, é possível deparar-se com sacos de lixo domésticos e, segundo os moradores, até cavalo morto já foi encontrado no rio.

As águas do Rio Cabuçu de Cima cortam a área mais populosa de Guarulhos, a região da Vila Galvão. Em toda extensão apenas 27% dos domicílios tem coletores de esgoto. Mas em todas as casas com água encanada há a cobrança da taxa de coleta. O valor gira em torno de 45% da conta de água.
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Pense consciente!


Para você o que é consciência ambiental?

Por Bianca Chioccola



Atualmente muito se fala sobre ser consciente, consumo sustentável, mas o que realmente significa esses termos? A mídia divulga várias informações sobre como consumir adequadamente, mas a maioria das pessoas ainda têm dúvidas. Nesse espaço vamos tentar ajudar você a ser mais consciente e fazer a sua parte para ajudar na preservação do meio ambiente!

Consumo consciente é um consumo com consciência de seu impacto e voltado a sustentabilidade. Ao ter consciência dos impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor pode buscar reduzir os impactos negativos para o meio ambiente.

A gerente de projetos da Organização de Governos Locais (ICLEI) Paula Gabriela, acredita que “de 2007 até hoje as pessoas e os países estão mais preocupadas com o meio ambiente, mas ainda é pouco para ter uma atitude sustentável”.

Cada pessoa tem uma forma diferente de pensar no que é consciência ambiental, falta informação, educação, preocupação do individuo em fazer a sua parte. De acordo com a Consultora da organização de Defesa com Consumidor (Idec) “As palavras consumo consciente estão na moda, mas as pessoas não conseguem incorpora-las, transformar a informação em algo que faça sentido na ação individual das pessoas e até na forma como elas cobram atitudes das empresas, instituições e da sociedade”.

Tanto a sociedade como os países estão mais preocupados com o meio ambientei, procuram adotar uma postura mais sustentável, mas para que isso ocorra ainda falta uma educação ambiental, um envolvimento com o assunto, assim as pessoas podem cobrar dos governos atitudes.
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