quarta-feira, 9 de junho de 2010

Especialista da USP analisa as interferências do meio ambiente na saúde da sociedade

Por Carmem Lima

Para o professor da Universidade de São Paulo, André Francisco Pilon, as interferências do meio ambiente não afetam apenas o estado físico das pessoas, mas também a disposição mental e social, termo inclusive promulgado pela OMS na definição integral do termo saúde.
Ele ainda acrescenta que a questão não é tão simples como parece. Em nome do crescimento, ou seja, dos interesses de mercado há uma deterioração dos bens comuns e necessários à condição humana: “Deteriora-se a qualidade de vida, espaços necessários à cidadania, segurança, trabalho, lazer, convivência e cultura são explorados, de forma às vezes sutil, às vezes brutal, pelos chamados interesses de mercado”.
Resgatar os valores reais dos indivíduos e respeitar a natureza pode ser a solução positiva para reflexões tão pessimistas, como afirma Pilon: “Duramente afetados pelas guerras, desastres e flagelos, os homens de hoje têm apenas duas opções: ou engrossam o cortejo dos mortos, como no conto de Pierre Gripari, ou resgatam a condição humana, que implica em uma posição crítica e atuante diante da imensa engrenagem política, econômica e cultural, que, de forma solerte e sorrateira, envolve o mundo”.

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